Muitos pais procuram orientação da nossa equipe interdisciplinar, com relação ao uso do celular e tablet por seus filhos. Sabemos que esta geração já nasce conectada e que eles aprenderam a mexer nesses eletrônicos antes mesmo de falarem “papai” ou “mamãe”.

A questão que envolve este tema é se realmente podemos considerar o uso destes no que diz respeito ao desenvolvimento global das crianças. Existem vários artigos científicos relacionando o uso excessivo desses com o atraso no desenvolvimento infantil no que se refere a raciocínio abstrato e também na parte motora, refletindo principalmente na aquisição de conceitos matemáticos básicos.

Mas, o problema não é o uso em si dos eletrônicos e sim, o período de tempo com os mesmos e a falta de momentos com brincadeiras reais. Em nossas orientações sempre sugerimos que os pais se questionem com o seguinte:

- Qual é o objetivo de eu entregar um eletrônico nas mãos do meu filho? (quero que ele aprenda ou divirta-se com algo?)

- Meu filho realmente quer o eletrônico, ou eu que quero entregar para ele?

- Definimos o horário para uso e as regras dos mesmos?

Lembramos que os adultos são responsáveis pela integridade física e emocional da criança e que a mesma não tem condições neurológicas de analisar e decidir o que é para a sua faixa etária ou não. Sendo assim, é dever dos pais saberem quais vídeos e conteúdos que os seus filhos tem acesso.

Nossa dica: use moderadamente os eletrônicos mas, abuse das brincadeiras ao vivo e a cores com o seu filho. Afinal, são essas as lembranças da infância que realmente guardamos em nossa “caixa” de recordações emocionais. Nada supera o abraço, a troca e a interação com o outro.